É sábado, acordo cedo com o canto inssistente de alguns bem-te-vis. O dia está ensolarado, me convidando para sair. - Aceito o convite.
Um ônibus me leva para o meu destino. Desco e entro no zoológico. Estou só...
O cheiro das plantas invade meus pulmões, sedentos de ar puro. Paro para olhar uma flor de colorido exuberante, e logo em seguida me detenho admirando as jaqueiras carregadas de frutas maduras. Ah! Esse cheiro me faz querer saltar em um dos galhos e abocanhar uma jaca grande e bem madura. Percebo que ali, só os macacos barulhentos e os passarinhos, podem realizar meu desejo. Em seguida olho o pôço com peixinhos de cor cinza. Continuo o meu trajeto, só que diferente das outras pessoas, eu faço o caminho contrário, pois o meu objetivo é outro.
Observo rapidamente os ursos e chego até os flamingos, com suas pernas longas e secas, mas no geral de uma cor maravilhosa. Não lembro de ter visto uma ave assim quando criança.
Enquanto caminho medito nas criações de Deus.
Agora subo uma pequena ladeira que dá acesso aos felinos, que hoje estão acordados e agitados. Uma onça negra me encara e eu imagino o que se passa em sua mente de animal : -Olha quantos petiscos ali fora! Desviu o meu olhar e sigo. Escuto algo! Parece alguém me chamando: -Irá! Olho ao meu redor e vejo o autor do chamado. É um pavão se exibindo. Estando longe, ainda escuto o seu chamado : - Irá!
Me desviu das cobras, e finalmente chego onde eu queria.
Estou no ponto mais alto do zoológico. Encosto em um coqueiro, que para meu alívio, está sem cocos.
Ali estou eu, em um dos meus cantinhos preferidos. Na sombra daquele coqueiro e tendo o vasto mar a minha frente, é ali que podem me achar vez por outra. Percebo então, que um simples passeio como esse, pode ser um caminho para a felicidade.
Aluna - Iraildes dos Santos Correia